Instituto de Estudos Libertários entrevista Luiz Alberto Sanz

Maio de 2024

Quem é Luiz Alberto Sanz?

Sou mestiço de muitas etnias, apesar da pele branca como papel de linho. Um subversivo que, após longa jornada, abraçou o anarquismo. Fui cineasta, jornalista, estivador, educador, professor e pesquisador de Jornalismo e Artes Cênicas, além de outras coisas. Tenho sangue romani (Caló), indígena, sefardita, africano, andaluz, visigodo, galaico (o celta do noroeste da Península Ibérica) e quem sabe o que mais.

1947 – Luiz Alberto Sanz no edifício dos bancários da rua Senador Vergueiro (Flamengo-Rio) com seu amigo coelho (feito por sua mãe, Luiza Barreto Leite).

Descendo, na nona geração, da caló Victória do Santo, nascida em 1652 em Santa Maria de Torres Novas, Santarém, Portugal, cuja neta, Izabel, casou-se com o capitão João Carneiro da Fontoura, neto da judia sefardita María Taveira de Magalhães, que descendia de Abraham ben Eliyahu Senneor (Segovia, 1412-1493), último rabino-mor da Espanha. Abraham se convertera forçado pelo decreto de Alhambra (1492)1, tinha 80 anos e passou a se chamar Fernán Nunes Coronel. Dizem alguns especialistas que no pouco tempo que lhe restou viver, continuou a praticar clandestinamente a fé de Abraão. Era, portanto um marrano. Há muitas formas de resistir ao opressor, como mais tarde nos ensinaram, indígenas e africanos, sincretizando religiões originárias com o cristianismo, como os cristãos haviam feito ao assimilar à sua nova fé tradições e ensinamentos romanos, gregos, persas e dos ditos “bárbaros”.

Desse casal, Izabel e João, nasceu Francisca Veloza da Fontoura, que veio a se casar com o Capitão Francisco Barreto Pereira Pinto, em cuja descendência aparecerão os Barreto Leite que se juntarão aos Sanz, imigrantes andaluzes com raízes valencianas, vindos de Alhama de Granada, entre os quais nasci. Para esse cadinho, meu avô João, um Barreto Leite, trouxe para uma família de caramurus2 uma esposa farroupilha, Gonçalina Corrêa de Barros de Azevedo. E vice-versa. Este novo ramo está mais caracterizado pelo inconformismo e a revolta, marcas do capitão farrapo Serafim Corrêa de Barros, que somou-se às tropas revolucionárias aos 18 anos, em 1835, e lutou até a derrota da República de Piratini, em 1845.

É interessante falar dos Sanz, uma família de imigrantes andaluzes pobres e republicanos que sempre viveram do seu trabalho. José Antonio Sanz Lopes, pai do patriarca Alberto Sanz Navas, era vendedor de tecidos em Alhama de Granada, chegou como pedreiro ao Brasil e morreu de gastrenterite em sua casa à Praia do Retiro Saudoso 37, no Caju, em 1898. Época em que a situação sanitária na Corte Imperial era assustadora. Seu filho Alberto Sanz Navas foi trabalhar na construção das Estradas de Ferro Complementares das Linhas Estratégicas do Rio Grande do Sul e conheceu em Pelotas Isaura Dourado Affonso Alves, neta do advogado abolicionista Joaquim José Affonso Alves.

O sangue indígena vem de colonizadores ainda não claramente identificados na minha árvore genealógica. A descendência negra evidencia-se claramente nas fotos de meu avô João Baptista Barreto Leite e no parentesco com o primo e contemporâneo Paulo Barreto (João do Rio), de quem minha mãe tinha orgulho de lembrar.

Mas quem conhece a História do Brasil, por pouco que seja, sabe que antepassados mais antigos (Serafim e Joaquim José Affonso Alves possivelmente em menor grau), como os Ornellas e Vasconcellos contribuíram para ou protagonizaram a quase completa extinção dos povos originários e a exploração dos africanos e crioulos3 escravizados, bem como o massacre do povo paraguaio.

Em que período da sua vida você teve contato com as ideias revolucionárias?

Desde sempre. Quando nasci, meu pai, José Sanz, era sindicalista bancário e (depois que participou do movimento vitorioso pela criação do Instituto dos Bancários e dele se tornou funcionário) previdenciário, além de intelectual ativo (poeta e jornalista). Era membro do Partido Comunista. Minha mãe, Luiza Barreto Leite, fazia parte do Sindicato e Casa dos Artistas (no qual militou ao lado do diretor teatral, cenógrafo e cenotécnico anarquista Luciano Trigo) e fora militante (ao lado de sua mãe, Gonçalina Azevedo Barreto Leite) da Aliança Nacional Libertadora. Teve longa convivência com as ideias libertarias (foi amiga de José Oiticica e sua filha Sônia e de Elvira Boni de Lacerda), apesar da influência estalinista na ANL. Luiza atribuía sua proximidade com o pensamento e a conduta anarquista a seu sogro Alberto, destacado ativista entre os republicanos espanhóis sediados no Rio, que faleceu em 1937.

Meu tio, o jornalista Barreto Leite Filho, membro do Bureau Nacional Syndical do PCB, foi expulso ao enviar em outubro de 1935 uma famosa carta de 12 páginas a Prestes em que condenava o levante planejado para novembro seguinte. Dizia: “segundo é corrente entre os militantes mais informados, o Partido prepara acceleradamente, atravez da mais incrível conspiração, um golpe militar para dentro de poucas semanas. Das antigas grandezas, só uma coisa positiva resta: a armação militar para o motim. Mas esse motim não terá uma participação nem sequer deficiente das massas. Lembra-se dos seus antigos manifestos? Trata-se de um golpe preparado à revelia das massas, que acabará, queira ou não queira, sendo contra as massas, porque mesmo admittindo que seja victorioso, o governo sahido delle ou se apoiará sobre a relação concreta de forças, que nos é ultra-desfavoravel, ou deixará de existir ingloriamente em uma semana, como o de qualquer Marmaduke Grove. Não se trata sequer de um golpe de vanguarda, como aquelles que Lenine tanto condemnava (‘não se pode fazer revolução só com vanguarda; por enquanto temos milhares – precisamos de milhões’). Posso affirmar a você que a maioria esmagadora dos membros do Partido não sabe uma palavra sobre esse golpe e se soubesse o condemnaria. Será, pois, um simples motim de quarteis, uma conspirata vulgaríssima, como aquellas que você tanto atacou.”

É interessante lembrar Marmaduke Grove, revolucionário chileno, Comandante da Aeronáutica e fundador do Partido Socialista de Chile, que, apenas três anos antes, encabeçara uma revolta que proclamou uma República Socialista. Ficaram no poder durante 12 dias. Miguel Littín, o notável cineasta chileno, fez um filme (A Terra Prometida) sobre esse episódio.

Faça um breve relato sobre a sua experiência na esquerda até o encontro com anarquismo.

Acho que esta pergunta está mais bem respondida em outras entrevistas e trabalhos que se referem à minha trajetória. Recomendo especialmente a entrevista em vídeo dada ao IEL, realizada por Luís Carlos de Alencar e Alexandre Samis e gravada por Vladimir Seixas (https://ielibertarios.wordpress.com/2020/05/24/luiz-alberto-sanz-a-trajetoria-rebelde-de-um-libertario/) e o projeto experimental (TCC) do jornalista Gabriel Vasconcelos, então ainda aluno do Curso de Comunicação da UFF, “Subversivo: Fragmentos da Vida de Luiz Alberto Sanz” (https://comunicacao.uff.br/wp-content/uploads/sites/306/2020/10/TCC-Gabriel-Vasconcelos.pdf).

1971 – Luiz Alberto Sanz cozinha na primeira casa que alugou no exílio – na Villa Santa Carolina, em Santiago. Ainda vestido com roupas que a Consejería de Servicio Social doou aos integrantes do grupo de 70 banidos recebidos pelo Chile.

Ou no texto que escrevi para a Rede Sina e que foi republicado aqui no sítio do IEL: https://ielibertarios.wordpress.com/2017/02/01/mais-de-7-decadas-2/, do qual destaco:

Marchei por Liberdade, Igualdade, Fraternidade e uma Sociedade Sem Classes em pelo menos cinco países: Brasil, Chile, Suécia, Portugal e Cuba. Lutei pela Democracia e contra o Fascismo das mais diferentes formas: agitando, propagando ideias, debatendo, dando aulas dentro e fora da prisão, servindo na logística da guerrilha urbana, organizando-me e organizando sindicatos, partidos, comitês, associações e agrupamentos. Alguns revolucionários, outros reformistas. Assinei dezenas de manifestos, escrevi outros tantos documentos políticos, centenas de artigos, dois livros e capítulos de mais alguns, chefiei e fui chefiado, coordenei e fui coordenado.

Dirigi dez documentários de curta e longa metragem, (um inacabado), trabalhei em pesquisa e roteiros para cinema, vídeo e rádio. Fiz teatro, participei da produção de shows, fui estivador e atuei na segurança de espetáculos de massa. Editei livros, revistas e jornais. Tratei de arte, cultura, comunicação, política e educação. Prática e teoricamente. Ouvi milhares de discursos e fiz uns poucos. Contribuí para a formação intelectual de jovens que se tornaram profissionais maduros, com opiniões próprias. Homenageei e fui homenageado (sempre com a impressão de que não merecia).

Já esqueci mais do que lembro.

1976 – Luiz Alberto Sanz revisando cópias de filmes na cooperativa FilmCentrum em Estocolmo. Técnico Cinematográfico foi seu segundo trabalho na Suécia, o primeiro foi como estivador.

Fui Presidente do Sindicato de Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversão do Estado do Rio, membro da Executiva da Intersindical e do Conselho da Classe Trabalhadora, nascido do 2º Conclat de Praia Grande, em novembro de 1983. Pertenci ao que Glauber Rocha chamou de “a 2ª geração do Cinema Novo”. Trabalhei no jornal da UNE e militei na entidade. Estava no prédio quando os fascistas o incendiaram. Saímos pelos fundos. Escrevi sobre minha atuação na UNE nas páginas do livro “68: a geração que queria mudar o mundo: relatos” (Ministério da Justiça, Comissão de Anistia, 2011).

Que aspectos no anarquismo foram fundamentais para a sua adesão?

O antiautoritarismo, a liberdade de pensamento e ação, a solidariedade real, o comunalismo e o confederalismo. Martin Buber, um dos meus filósofos preferidos (ou O preferido) diferencia o sentido de comunidade daquele do coletivo, ressaltando que a nossa comunidade “não quer revolução, ela é revolução. Ela ultrapassou, porém, o antigo sentido negativo de revolução. Para nós, revolução não significa destruir coisas antigas, mas viver coisas novas. Não estamos ávidos por destruir mas ansiosos por criar. Nossa revolução significa que criamos uma nova vida em pequenos círculos e comunidades puras”. E completa: “Assim a humanidade que teve sua origem em uma comunidade primitiva obscura e sem beleza e passou pela crescente escravidão da ‘sociedade’, chegará a uma nova comunidade que, diferentemente da primeira, não terá mais como base laços de sangue, mas laços de escolha. Somente nela pode o antigo e eternamente novo sonho se realizar. E mais, a unidade instrutiva de vida do homem primitivo que foi dividida e decomposta, durante tanto tempo, voltará sob novas formas em um nível superior e sob a luz de uma consciência criadora e, assim, a nova comunidade será fundada ao mesmo tempo entre os homens e no indivíduo.” (Buber, Martin em Sobre Comunidade https://pt.scribd.com/document/501642458/Sobre-Comunidade-by-Martin-Buber-Z-lib-org)

Nessa mesma crônica citada aí arriba, escrevi:

A Acracia, sociedade sem classes, igualitária, fraterna, livre, comunal, federativa e internacionalista é um projeto que se desenvolve à medida que seus criadores-integrantes se desenvolvem. E como qualquer projeto, só pode acontecer e crescer com a existência de diálogo entre os que a desejam e também com os que ainda não sabem que a desejam. Voltando a Buber, citado no início: aqueles que não sabem ainda que têm este algo dentro de si e que hão de surpreender-se ao descobri-lo.

Ah, como gostaria de ser surpreendido por nossa capacidade de dialogar, libertários que vivemos no presente abrindo caminho para o futuro, para que eu possa me educar, apesar da minha velhice, e assim contribuir com os mais jovens nessa longa jornada da qual não verei o fim”.

Fale um pouco sobre a sua relação com o editor Robson Achiamé.

Em 1967, mudei-me para Niterói. Vim reorganizar os jovens do PCB, que tinham ficado “órfãos” com desligamento dos membros das bases universitárias, secundaristas e algumas operárias que seguiram a Dissidência do Estado do Rio de Janeiro e que se tornou o 1º MR-8. Uma tarefa difícil. Alguns dos melhores quadros do partido tinham saído e eu vinha do “outro lado da poça” sem contar com a confiança dos dirigentes “seniores” locais e desconhecido para a maior parte dos jovens. Mas contava com o apoio dos membros da Seção Juvenil do CC com quem vinha atuando desde antes do golpe, primeiro nas frações da UNE e do Semanário Movimento da UNE e depois no Grupo de Trabalho Universitário (assistido pelo saudoso jornalista Marcelo “Mauro” Cupertino Guimarães), que teve um papel importante na reorganização dos universitários do Partido em todo o Brasil.

Nessa ocasião, Nelson Pereira dos Santos tinha voltado da UnB e me convidou para integrar o grupo de profissionais que criaria o Cine Arte UFF e estruturaria o Instituto de Arte e Comunicação Social. Passei a conhecer muita gente. Entre eles, um estudante de Letras e vendedor de livros e enciclopédias chamado Robson Achiamé. Intelectual brilhante e charmoso, com um fã-clube feminino numeroso. Ficamos amigos. Acabamos montando, no apartamento que aluguei no Pé Pequeno (Santa Rosa), um “cursinho” pré-vestibular para preparar candidatos à primeira turma de Comunicação da UFF. Entre os professores estavam Robinho e Sergio Moliterno (funcionário do Itamaraty e centro de um círculo de jovens intelectuais da “Cidade Sorriso”). Entre os alunos, Antônio Luís Mendes Soares (que viria a ser um dos mais importantes diretores de fotografia do Cinema Brasileiro), Maria Odila Rangel (de quem mais tarde eu me tornaria companheiro de vida por quase 40 anos e que trabalhou com cinema, artes plásticas, na administração da Editora Achiamé e terminou a vida como Assistente Social, sua verdadeira vocação, no IPUB e no Hospital da UFRJ) e Fausto Fleury Alves do Amorim (que foi diretor da Cineteca da Universidade do Chile e trabalhou no cinema venezuelano como operador de câmera e diretor de fotografia).

Com Robson construímos uma amizade de irmãos. Ele tinha sido uma das últimas pessoas com que falei no dia em que fui para a clandestinidade. Procurei-o para avisar e confiar-lhe uns livros que não queria que se perdessem. Odila e eu, na volta do exílio, conseguimos recontactá-lo e colaboramos com ele ao longo dos anos. Fizemos muita coisa juntos. Tanto Odila quanto eu.

Nos anos 90, ele me convidou a integrar o Conselho Editorial da Letra Livre. E acabei me ligando definitivamente ao Anarquismo, apesar de ele insistir que eu ainda não tinha me livrado do marxismo. Acho que ele estava errado. Eu não tinha me desligado do Guevarismo. Acho que nunca fui marxista. Um pouco leninista, sim.

Penso que o Robson foi fundamental para que eu me tornasse anarquista. Assim como para muita gente. Faz muita falta.

De que forma os seus antigos companheiros comunistas encaram hoje a sua vinculação ao anarquismo?

Quase não tenho falado com eles, mas há muitos que respeitam e veem com simpatia, alguns apoiam, curiosamente são principalmente as mulheres. Outros, mantendo o ranço estalinista, chegaram a dizer que eu tinha me juntado aos traidores que causaram a derrota da República Espanhola. Só rindo… Mas a maioria dos meus e minhas camaradas comunistas já não estão em qualquer partido ou organização marxista-leninista. E os que rejeitam o anarquismo, em geral, estão nas fileiras da Social-Democracia. Um dos que aceitou bem a minha “guinada” foi Leandro Konder. Aliás, gosto muito do personagem que criou em suas crônicas em O Globo, o sapateiro anarquista Alberto.

Em que o anarquismo pode contribuir para a transformação radical da sociedade hoje?

Desenvolvendo e aprofundando estratégias que já são práticas cotidianas aqui e em muitos países e rincões, ainda que insuficientes, formando comunidades, escolas, cooperativas, viabilizando a solidariedade no que é essencial: saúde, educação, alimentação. Construindo o federalismo no dia-a-dia. Já há muitos companheiros abrindo o caminho. É preciso aprender com a Teia dos Povos, com os quilombos, com o André do Morro da Formiga e seus companheiros e com as comunidades indígenas, as curdas e zapatistas. Fico com a impressão de que estou ensinando a missa ao vigário. Sou um aprendiz.

Levando em consideração a sua experiência no campo estético, é possível combinar arte e anarquismo?

Não tenho qualquer dúvida sobre isso. As ideias e sentimentos libertários percorrem o mundo e se manifestam em todas as artes. Não são obra apenas de artistas assumidamente anarquistas. Todos os dias temos exemplos disso. Tem até quem se apresente como “anarquista coroado”, expressão que Artaud, ironicamente, criou para o Imperador romano Heliogábalo.

Sobre a conjuntura política brasileira atual o que você teria a dizer?

Nunca tive ilusões sobre Lula e o PT. Em algumas ocasiões o apoiei para mantermos um mínimo de ar para respirar. Mas, fosse no Jornal de Brasília, na Rádio MEC, na Internet ou em outros veículos em que emiti opinião, destaquei o caráter social-democrata de seu pensamento e da política de seu partido. E a Social Democracia jamais foi ou será capaz de fazer frente ao estado e ao fascismo. Pelo contrário. Não esqueçamos que foi o Governo Social Democrata que abriu fogo contra anarquistas e espartaquistas em 1919, abrindo caminho para o crescimento do nazismo à sombra do militarismo. Foi também ela que derrubou e perseguiu a ala esquerda do MFA em 1985 em Portugal. O crescimento da extrema direita pelo mundo vem no rastro do recuo e do arrego da Social Democracia, que escolheu como inimigos principais os movimentos dos trabalhadores, os anarquistas e setores de base dos seus próprios partidos. Só que a SD, sem crescer de fato, aumentou sua fantasia agregando os ex-comunistas do PPS e do PCdoB e outros. Antes era um leque formado basicamente por PDT, PT e PSDB.

Luiz Alberto Sanz em Buenos Aires, Argentina, 16 de dezembro de 2016.

Suas considerações finais.

Estas são palavras de um velho de 81 anos, rebelde e subversivo, mas que já não tem condições físicas de levá-las à prática. Refletem minha história, o que vi e vivi, mas não têm o objetivo de se impor a quem está na luta e vivendo o dia a dia da guerra de classes, na qual os inimigos são impiedosos.

.

NOTAS

1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Decreto_de_Alhambra

2 Como os farroupilhas chamavam os conservadores defensores do Império.

3 Crioulo designa o descendente de estrangeiros, de qualquer etnia, embora tenha adquirido, Brasil afora, um significado ofensivo com relação aos afro-brasileiros.

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